quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Conflitos Entre Judeus E Muçulmanos






Há mais 50 anos este termo (Judeus X Muçulmanos) vem sendo utilizado indiscriminadamente para designar este conflito que nos parece secular.
Para compreendermos a situação é preciso que saibamos identificar alguns termos que muitas vezes passam desapercebidos , tais como :
> NAÇÃO : Grupo de indivíduos ligados por uma característica cultural e um passado histórico em comum.


> ESTADO/PAÍS : Estrutura política das nações que envolve território , soberania , nacionalismo.
O Judaísmo e o Islamismo (muçulmanos) são religiões extremamente pacifistas e fraternas , ambas , juntamente com o cristianismo , formam-se a partir de uma única origem : Os Semitas (Abraão).
Usar o termo Judeus X Muçulmanos é tendencioso ou incorreto, já que somente os grupos radicais fundamentalistas tentam justificar seus atos violentos através de princípios religiosos. O objetivo da disputa é o território, o espaço (que desde a criação do Estado Moderno por Maquiavel é o principal motivo dos conflitos).
A luta é por território e, por um bem mais precioso e vital que o petróleo: Água.
A disputa é pela bacia do Rio Jordão.
Assim, de um lado, nós temos um Estado (Israel) que luta para manter e ampliar seus domínios, e do outro, temos uma nação que também luta pelo espaço tentando conseguir força política para criação de seu país.
Portanto o nome correto do conflito é Israel X Palestina.








Um Breve Histórico Das Duas Religiões




O Islamismo
Religião monoteísta baseada nos ensinamentos do profeta Maomé, tendo por base o Judaísmo e o Cristianismo e como livro sagrado, o Alcorão. A palavra islamismo vem de ISLÃ (submissão à vontade de Deus) e seus seguidores são chamados de muçulmanos (muslim, em Árabe, aquele que se submete a Deus).
A península arábica, berço do islamismo, era habitada por tribos isoladas e nômades beduínos, que viviam da atividade criatória e do comércio. É nesse contexto, que nasce Maomé (570/632). Este, após ter uma visão com o anjo Gabriel aos 40 anos, inicia a sua pregação.
Perseguido pelos Coraixitas (tribo dominante), Maomé fugiu de Meca para Yatrib (Medina) em 622. Esse movimento é conhecido como a hégira (retirada). Apoiado pelos comerciantes Maomé impôs suas idéias pela guerra. Após sua morte, os califas (substitutos do enviado de Alá) utilizaram-se das guerras, admitidas no Alcorão na propagação do Islamismo (Guerras Santas), para unificar a península arábica e iniciar uma expansão que, no final da Idade Média envolvia a península Ibérica, o norte da África e o Oriente Médio.
Com o advento das cruzadas e da formação dos Estados Nacionais europeus, o Islamismo foi sendo expulso de parte dos seus domínios. No entanto, ainda hoje, se constitui em uma das maiores religiões do mundo, com cerca de um bilhão de adeptos.
Hoje os muçulmanos se dividem em xiitas e sunitas. Os sunitas constituem maioria entre os islâmicos (80%). Essas divisões por vezes dificultam o entendimento dos conflitos envolvendo os seus membros.
O Fundamentalismo Islâmico - Os fundamentalismos são movimentos empenhados na criação de sociedades teocráticas, regidas pelo Alcorão, e contrários aos modelos políticos e filosóficos ocidentais. A propagação desse movimento se deu, principalmente, após a Revolução Islâmica no Irã, liderada pelo xiita Ruhollah Khomeini. O movimento também existe no Egito (grupo extremista Gammaat-i-islami), na Argélia (Frente Islâmica de Salvação - FIS), na Líbia (milícia xiita libanesa Hezbollah), nos territórios ocupados por Israel (Hamas) e no Afeganistão (milícia Taliban).


O Judaísmo
Primeira religião monoteísta da humanidade, o Judaísmo foi desenvolvido por uma ramificação do povo semita: os hebreus. Segundo a tradição, os hebreus eram nômades que habitaram a Palestina, por volta do final do terceiro milênio a.C. e, em 1700 a.C., migram para o Egito, onde foram escravizados por cerca de 400 anos.
Com a fuga do Egito, narrada no Livro êxodos, os hebreus retornam à Palestina onde se dividem em dois reinos: Judá e Israel. Ainda segundo a tradição, o Reino de Israel foi destruído pelos Assírios (721 a.C.) e o de Judá pelos babilônicos (586 a.C.).
Voltando à Palestina no século VI a.C., os Judeus vivem momentos de independências intercalados com períodos de guerras. No ano 70 d.C., os romanos invadem a Palestina, expulsando os Judeus e dando início à segunda diáspora judaica (dispersão), que só terminaria em 1948, com a criação do Estado de Israel.
O Fundamentalismo Judaico - Movimentos que condenam o acordo de paz entre palestinos e israelenses, que prevê a devolução das terras conquistadas por Israel na Guerra dos Seis Dias. Segundo eles a devolução é uma afronta a Deus. Seus principais grupos são: Eyal Força Judaica Combatente (responsável pelo assassinato de Itzhak Rabin, acusado de traidor) e Kahane Vive.

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